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quinta-feira, 10 de março de 2011

INTRODUÇÃO





O conceito de NEE passou a ser conhecido em 1978 a partir da sua formulação no "Relatório Warnock", apresentado ao parlamento do Reino Unido, pela Secretaria de Estado para a Educação e Ciência, Secretaria do Estado para a Escócia e a Secretaria do Estado para o País de Gales. Este relatório foi o resultado do 1º comité britânico constituído para reavaliar o atendimento aos deficientes, presidido por Mary WarnovK. As suas conclusões demonstraram que vinte por cento das crianças apresenta NEE em algum período da sua vida escolar. A partir destes dados, o relatório propôs o conceito de NEE.
O conceito de NEE só foi adoptado e redefinido a partir da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), passando a abranger todas as crianças e jovens cujas necessidades envolvam deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Desse modo, passou a abranger tanto as crianças em desvantagem como as chamadas sobredotadas, bem como crianças de rua ou em situação de risco, que trabalham, de populações remotas ou nómadas, pertencentes a minorias étnicas ou culturais, e crianças desfavorecidas ou marginais, bem como as que apresentam problemas de conduta ou de ordem emocional.





terça-feira, 8 de março de 2011

A PSICOPEDAGOGIA


            A PSICOPEDAGOGIA

*      Trabalha as questões do aprender objetivando a formação do sujeito autônomo.
*      Busca nas relações psicodinâmicas entre a aprendizagem e o sujeito para entender como os sintomas (orgânicos e mentais) atuam no imaginário familiar, ou seja, o sentido que o sujeito e a família dá às suas dificuldades especiais na construção do seu conhecimento.

 PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO ESPECIAL 


A Educação Especial tem grande interesse nas neurociências, para tentar compreender as dificuldades severas de aprendizagem.
A Psicopedagogia acrescenta à esses conhecimentos, o sintoma, ou seja, o que representa tal distúrbio para a da criança.

*      Manejo Psicopedagógico permite a realização do potencial de aprendizagem do sujeito impedido por fatores que desautorizam a apropriação do conhecimento
*      Quando o potencial do indivíduo é maior do que a execução que ele apresenta, a Psicopedagogia faz-se necessária.
*      Dificuldades  na aprendizagem: podem gerar ou precipitar o aparecimento de problemas emocionais, comportamentais, familiares e sociais em diferentes graus de gravidade, comprometendo ainda mais  o processo de  aprender;
*       0 diagnóstico e a intervenção psicopedagógica, promovem a melhoria das condições de aprendizagem, recuperação da auto estima e  socialização da criança.


ALGUNS FATORES QUE INTERFEREM NA CAPACIDADE DE APRENDER


*      Genético, biológico e psicológico,
*      Escola, a família, os aspectos sócio-culturais,
*      O valor que se dá ao conhecimento em determinado momento da vida da criança e em cada sociedade, o que também interfere muito na aquisição da aprendizagem  da criança,
*      Método adotado pela escola, pode prejudicar não só a avaliação dos problemas de aprendizagem como ainda evidenciá-los de forma exagerada e não lhes dar continência e encaminhamento adequado.


FRACASSO ESCOLAR, PSICOPEDAGOGIA E AFETIVIDADE
Causas  principais do fracasso escolar:
         @ 30%: transtornos  de aprendizagem
O sucesso na aprendizagem escolar tem grande influência sobre o desenvolvimento cognitivo e afetivo
afeto    --    auto estima   --   motivação     --     aprendizagem


SINAIS IMPORTANTES PARA A ESCOLA OBSERVAR NOS ALUNOS E RECOMENDAR UMA VISITA A UM ESPECIALISTA
Em escolares:


1.      Redução significativa de interesse e atenção;
2.      Redução do rendimento escolar ou presença de transtornos de aprendizagem
3.      Presença de comportamentos de hiperatividade, impulsividade ou desatenção com freqüência maior que o esperado
4.      Abandono de atividades antes desejadas
5.      Retraimento social
6.      Perturbações súbitas do sono (relato da criança ou da mãe) acompanhadas de um dos itens acima;
7.      Reações emocionais violentas;
8.      Rebeldia, birra, implicância, atividades de oposição;
9.      Preocupação ou ansiedade exageradas.

SINAIS IMPORTANTES PARA A ESCOLA OBSERVAR NOS ALUNOS E RECOMENDAR UMA VISITA A UM ESPECIALISTA
Em adolescentes


1.      Redução significativa no rendimento escolar;
2.      Abandono de atividades antes prazerosas, de amigos ou familiares;
3.      Mudança de conduta:alterações do sono, do apetite;
4.      Agressões freqüentes, rebeldia, oposição ou reações violentas;
5.      Comportamentos destrutivos;
6.      Comportamento sexualizado excessivo.


TRABALHO COM A CRIANÇA 


*      Orientar a criança sobre o que é esperado dela em termos de comportamento e aprendizagem, detalhando as razões pelas quais ele está em atendimento;
*      Fornecer informações diretas e claras sobre o transtorno, deixando sempre aberto o canal para futuras dúvidas;
*      Usar de rotinas previsíveis (horário, local, comportamento do profissional) mas evitar tarefas repetitivas ou longas e priorizar  novidades e exercícios curtos;
*      Procurar manter acordos indagando a criança como ela pode aprender melhor;
*      Usar recursos como gravador, computador, jogos (jogos de regras permitem o aprendizado de limites, participação social, o saber ganhar/perder, o desenvolvimento cognitivo e o refazer superando erros), leitura em voz alta, contar e escrever histórias, gibis, exercícios sensório motores, de raciocínio, introduzindo sempre novidades para manter a atenção, a motivação e descobrir o estilo de aprendizagem da criança;
*      Recompensar o bom comportamento e desempenho, elogiando e encorajando a transposição de limites;
*      Estabelecer limites devagar e firmemente, mas nunca usando de punição ou de reprimendas para evitar frustração, o medo ou a baixa auto-estima;
*      Trabalhar sempre a noção de tempo, espaço, seqüenciação, atenção.
*      Dosar as instruções em quantidades que permitam um desempenho positivo do aluno, na maior arte das ocasiões;
*      Estimular respostas individuais promovendo feedback imediato ao aluno;
*      Procurar envolver a criança no processo de aprendizagem de maneira a encorajá-lo e motivá-lo à transpor suas limitações
*      O aluno, seja criança ou adolescente, é uma pessoa a ser respeitada, tratada afetivamente dentro das normas sociais do grupo.


CONCLUSÃO

A INTERVENÇÃO  PSICOPEDAGÓGICA...
 No âmbito educativo:

*      Trabalha com objetivos educativos, atitudinais, e conceituais similares para todos os alunos;
*      Mas as estratégias devem ser variadas e especializadas, coordenadas com as atuações no âmbito familiar e sócio-econômico;
*      Ritmo de ensino aprendizagem: deve acompanhar o ritmo dos alunos, feitas as adaptações curriculares necessárias;
*      Currículo: amplo e bem equilibrado, funcional, apropriado pra a idade mental, centrado não apenas na aquisição de habilidades mas também dirigido a proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dos educandos.
*      com pessoas com Transtornos de Aprendizagem apresenta características diferenciais em função do âmbito da intervenção: educativo, familiar e sócio-comunitário
*      Deve-se partir das necessidades especiais e singulares do nível de desenvolvimento e etapa da vida de cada pessoa...

E nos lembrarmos de que
“As representações de sucesso e fracasso são construídas pelo sistema escolar e tem maior impacto no destino dos alunos que as desigualdades de competências que estes possam apresentar”.

            (Perrenould, 2001


BIBLIOGRAFIA

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